A difícil arte de encontrar um pediatra

 

PEDIATRA

Nunca pensei que fosse tão difícil encontrar um pediatra que me agradasse. A única que gostei pro Francisco, até agora, foi a minha pediatra, mas ela mora em Volta Redonda, eu no Rio, e 146km não é uma distância que possa ser ignorada na hora de escolher quem vai cuidar do meu bebê, né? Francisco ficou sob os cuidados da Carmem Lúcia durante os dois primeiros meses de vida, porque fui pra Volta Redonda logo depois que ele nasceu, justamente por eu não ter encontrado nenhum pediatra aqui no Rio. Mas um dia tivemos que voltar pra casa, né? E aí começou o meu tormento.

Logo que chegamos fomos na Dra. Vera, indicação de uma amiga. Nâo gostei. Primeiro ela mandou eu parar de dar água pro Francisco, mas ele já não mamava mais nenhuma gota de leite materno; só Nestogeno, e morria de sede (porque leite em pó dá sede mesmo). Depois porque ela pegou o Francisco, pesou, mediu, me entregou, assim, sem nem olhar pra cara do moleque. Credo! Até o veterinário dos meus gatos é mais carinhoso com os bichanos. E ela também me chamava de ‘mãe’. Odeeeeio quando ignoram que eu tenho um nome.

Daí eu fui para o Dr. David. Ficamos com ele por quatro meses, mas era a mesma coisa. Ou pior. Porque nem era ele que pesava e media, era a auxiliar dele. Ele só auscultava e pronto. Dificilmente interagia com ele. E olha que o Francisco é uma criança super bacana, risonha (risonha mesmo, não nega aquele sorrisão lindo de viver dele pra ninguém), adora o contato com outras pessoas. Isso já estava me incomodando muito, há muito tempo, até que depois de um comentário bem grosseiro sobre o meu peso (que já me incomoda sem ninguém precisar falar sobre), decidi mudar de pediatra mais uma vez.

Sem nenhuma boa indicação aqui na minha área, corri pro livrinho do plano e descobri a Dra. Sílvia. Pediatra e homeopata! Fiquei feliz da vida. Mas só até a hora da consulta. Mesmíssima coisa. Ela foi incapaz de interagir com o Francisco. Nossa, me dá raiva só de lembrar que o menino entrou no consultório, abriu o maior sorrisão pra ela e ela fingiu que nem viu. O máximo de atenção que ela deu a ele foi pegar um bichinho na estante e deu pra ele brincar, pra ele ficar queito enquanto ela o media. E eu logo tirei dele, já que ele coloca tudo na boca e sabe-se lá quantas crianças já tinham babado naquele boneco?

Não sei se estou sendo exigente demais, mas eu gostaria muito de encontrar um pediatra que, de fato, se envolvesse com meu filho, que demonstrasse algum carinho, que desse mais atenção a ele. Eu me sentiria bem mais segura, bem mais tranquila. É pedir muito?

E lá vou eu, de novo, em busca de outro pediatra pro moleque!

5 comentários:

  1. Acho que esses médicos andam vendo House demais...

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  2. Não, não é pedir muito. Sabe porque? Porque médico bom é o que se interessa, o que dá atenção, o que se importa realmente, isso marca a gente pra sempre, não importa a idade do paciente. Tanto é que vc lembra da sua pediatra e inclusive levava o Francisco nela. Eu tb lembro do meu pediatra perfeitamente, lembro de conversar com ele, de ficar à vontade, e isso eu tinha uns 3, 4 anos...

    Se eu, adulta, que sei dizer o que eu sinto, só vou em médico que presta atenção em mim, por que levaria um bebê num pediatra que nem olha pra ele?? Eu hein! Tá certíssima em procurar MAIS, Ju, até achar um que te passe confiança. É seu filho, oras!

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  3. Sim, concordo com meu amor (acima)! Não é pedir muito, Ju! Se, qdo se lida com bichanos, já nos empolgamos com o carinho de veterinários dedicado a eles, desejamos melhor para o nosso bebê!

    Mas lidar com médicos é uma coisa absurdamente estranha. Aliás, com a área médica. Mamãe, até hoje, lembra que tentou enveredar pela enfermagem para compreender o porquê desses profissionais serem tão marrentos. Afinal, jurar cuidar e ser imparcial não quer dizer que vc está cuidando e nao possa demonstrar afeto com o semelhante. Ok, nem precisa afeto gratuito, mas interação mesmo como dizes.

    Aff! Procura, Ju! É pelo nosso Francisco! eheheh

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  4. Ju, pediatra bom tá difícil no mercado mesmo!
    Se não for do tipo que você conhece há muito tempo, ou amigo da família, realmente é difícil de achar.
    Bem, eu só não fico muito grilada com isso porque vejo minha filha super saudável, então, examinou e fez as devidas perguntas, tá valendo!
    Não tenho condições de sair estrevistando pediatra pela cidade toda.
    Mas que um pediatra que interaja com a criança é muito importante, isso é mesmo!

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  5. Vim ver este menino fofo. Minha irmã acaba de ter uma menina. O meu bebê já têm 24 anos e sinto uma saudade enorme do tempo que ela tinha a idade do seu.

    Pediatra vai muito da sorte e da afinidade que temos com o médico. Da experiência que tive, com meus sobrinhos e minha filha, sempre vi a pediatra brincando com os bebês.

    Parabéns pela doçura de bebê que tens.

    Beijos!

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